03/09/2013 08h59
- Atualizado em
03/09/2013 13h05
Após pane, passageiros ateiam fogo em trem no Subúrbio do Rio
Passageiros tiveram que desembarcar nos trilhos e, revoltados, protestaram.
Todas as estações desses ramais foram fechadas.


A estudante Tailane de Andrade de Moraes, de 19 anos, disse que viveu momentos de horror. "Foi um desespero. O trem começou a pegar fogo e demoraram uns 10 minutos para abrir a porta. Ainda bem que as janelas estavam abertas. Estava todo mundo apavorado. Depois que abriram a porta e todo mundo desceu, uma senhora começou a passar muito mal. Demoraram muito para socorrê- la. É um absurdo", contou a jovem, que pega o trem todas as terças em Santa Cruz para fazer um curso no Centro.
Às 10h, as estações tinham sido reabertas, mas havia atrasos, com exceção da que atende o bairro de Piedade. Segundo a concessionária, usuários fizeram atos de vandalismo, o que obrigou a empresa a fechá-la.
Além da Supervia, a manhã foi de problema também para os passageiros do BRT Transoeste, que parou após uma manifestação na Estação Magarça, em Guaratiba, Zona Oeste. Alguns veículos chegaram a ser danificados, de acordo com a empresa.

Passageiros reclamavam da falta de trens e de informações por parte dos funcionários da empresa. Eles alegam que, a cada momento, dados conflitantes vinham dos alto-falantes sobre o local de desembarque. A doméstica Edila Santos Leite, 45 anos, pega às 8h30 no trabalho e às 10h30 ainda aguardava na estação de Quintino para poder embarcar. "Eles deram ré, disseram que havia ocorrido um problema. Ficamos meia hora parados. Foi isso que revoltou o povo. É problema todo dia. O trem vive parando. Na volta, às vezes, ainda tento o BRT, mas não adianta nada, porque ele também vem superlotado", diz a moradora de Santa Cruz, que faz a viagem até a Central do Brasil todos os dias.
Além disso, os usuários questionam a devolução exclusiva dos bilhetes, já que o sistema férreo parou de funcionar e muitos teriam que pagar para utilizar meios alternativos de transporte.
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A composição que teve problema mecânico seguia para a Central do
Brasil, quando parou com três carros fora da plataforma. Os passageiros
precisaram desembarcar nos trilhos. Segundo a concessionária, os atrasos
eram de 30 minutos no ramal, por volta das 8h30.A Agetransp, agência que fiscaliza os serviços públicos de transportes sob concessão no Rio de Janeiro, informou que abriu boletim de ocorrência para fiscalizar o incidente.
No dia 29 de agosto, um problemas na rede aérea provocaram mais de cinco horas de atraso nos trens da Supervia. Três composições enguiçaram e, revoltados, passageiros depredaram vagões e jogaram objetos nos trilhos. Apesar dos flagrantes, ninguém foi preso.

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